2 de agosto de 2010

Meu querido pai, Julio Peterlevitz, sou a Daidy, sua filha. Tenho uma enorme foto do sr., aqui na cabana, sempre com vaso e florinhas, que eu planto.
Eu lhe faço perguntas, todos os dias, mas o sr., meu pai Julio, continua calado...! Talvez seja a mostrar que todos devamos encontrar o nosso caminho, mas é difícil sem o sr., que se foi em agosto de 1942!
Tenho saudade do sr., meu pai!!! muita saudade!!!
E, neste "Dia dos Pais", lhe dedico esse poema, seqüestrado por um grande amigo, que... também não tem pai!
Eterno carinho desta filha, que tenta honrar o sobrenome que o sr. me deu!


As Mãos do Meu Pai
(Mario Quintana)

As tuas mãos tem grossas veias como cordas azuis
sobre um fundo de manchas já cor de terra
— como são belas as tuas mãos —
pelo quanto lidaram, acariciaram ou fremiram
na nobre cólera dos justos...

Porque há nas tuas mãos, meu velho pai,
essa beleza que se chama simplesmente vida.
E, ao entardecer, quando elas repousam
nos braços da tua cadeira predileta,
uma luz parece vir de dentro delas...

Virá dessa chama que pouco a pouco, longamente,
vieste alimentando na terrível solidão do mundo,
como quem junta uns gravetos e tenta acendê-los contra o vento?
Ah, Como os fizeste arder, fulgir,
com o milagre das tuas mãos.

E é, ainda, a vida
que transfigura das tuas mãos nodosas...
essa chama de vida — que transcende a própria vida...
e que os Anjos, um dia, chamarão de alma...


Copie essa mensagem, envie para o papai, faça uma linda surpresa no dia dos pais.

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