15 de setembro de 2009

ALIMENTAÇÃO CORRETA E O CÉREBRO.



Uma boa alimentação pode ajudar qualquer pessoa a prevenir - ou pelo menos retardar - a aparição de doenças degenerativas do sistema nervoso, associadas normalmente à idade. Comer bem é um misto de inteligência e prazer, e contribui para manter um cérebro jovem e em boa forma.É o que afirmam o cozinheiro Martín Berasategui e o neurologista Gurutz Linazasoro, do Centro de Pesquisa Parkinson da Policlínica Guipúzcoa, na Espanha.

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Os especialistas, de áreas aparentemente distantes, mas que na realidade têm muito em comum, dizem que um dos grandes segredos para conseguir um bom envelhecimento cerebral é seguir a chamada dieta mediterrânea.Basicamente, a dieta consiste em consumir frutas, verduras, legumes, peixes e azeite de oliva, além de comer nozes regularmente, beber de oito a dez copos de água diários e não ingerir, sempre que possível, alimentos excessivamente calóricos.Hábitos alimentícios saudáveis repercutem favoravelmente em nossa vida não só de forma imediata, mas também a longo prazo, além de ajudarem a um envelhecimento cerebral saudável. O cérebro não é uma exceção, e uma boa alimentação pode ser uma medida que ajuda a prevenir ou retardar a aparição de doenças como Parkinson, Alzheimer e perda da memória.O assunto foi tema do congresso "Brain in Motion" ("Cérebro em Movimento"), realizado em San Sebastián, na Espanha, que reuniu prestigiados neurocientistas e cozinheiros famosos.Em uma exposição titulada de "Criatividade, gastronomia e emoções", cozinheiros de renome como Pedro Subijana, Andoni Luis Aduriz e Eneko Atxa foram revelando junto a cientistas as sensações e emoções que uma boa alimentação pode provocar no funcionamento do cérebro humano."A forma como comemos muda a própria biologia do cérebro", explicou Aduriz.Para o professor da Universidade Carnegie Mellon (EUA) Marcel Just, especialista em memória operacional e linguagem, "simplesmente a comida pode influir na criatividade e afetar diretamente o cérebro e, em consequência, a mente".Os especialistas concluíram que as necessidades nutricionais de cada indivíduo variam de acordo com as circunstâncias fisiológicas, psicossociais e patológicas de cada momento. Portanto, sua alimentação também deve se adaptar a cada instante.Para viver mais anosGraças aos avanços científicos e técnicos, os seres humanos vivem hoje mais tempo que seus antepassados. A questão chave, segundo Berasategui e Linazasoro, é "viver mais anos, mas em condições físicas e mentais boas. E, para isso, é necessário manter uma atividade física e mental regular e comer de forma saudável". De acordo com eles, "os seres humanos custam muito a adotar pequenas medidas preventivas que com o passar do tempo possam contribuir para consequências positivas e antecipar, assim, os eventos".A idade perfeita para começar a adquirir certos hábitos de alimentação saudável é a infância. "As crianças vão se acostumar a desjejuar bem, comer verdura, cinco frutas ao dia e não abusar de produtos industrializados", explica Linazasoro. Os ingredientes básicos das receitas saudáveis para o cérebro são as verduras, as frutas, os legumes, o peixe e, também, o azeite de oliva. Para Berasategui, "igualmente importante aos produtos que utilizamos é saber dosar as quantidades que devemos ingerir, nossos hábitos perante a comida e nossa atitude na mesa, onde devemos estar relaxados e com um bom ambiente". Os autores dessa teoria destacam que "a cada dia existem mais evidências do efeito positivo desses alimentos, a maioria deles ricos em ômega-3". Os antioxidantes - que se encontram, por exemplo, nas nozes - também são benéficos para lutar contra o envelhecimento. Mas é importante também beber entre oito e dez copos de água diários (entre 1,5 e 2,5 litros). "Simplesmente se deve buscar um equilíbrio e ter muito bom senso: ter uma dieta saudável e não ingerir - na medida do possível - alimentos ricos em calorias", contou Linazasoro. Para ter cérebro e nervos saudáveis, especialistas recomendam "fazer refeições frequentes, muito nutritivas e pouco abundantes, comer de forma variada, incluindo todos os principais grupos de alimentos para evitar um déficit nutricional, e prestar especial atenção às verduras e fruta frescas, alimentos com proteínas sem gorduras e cereais integrais".

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