27 de agosto de 2009

Fé de mais ou fé... de menos?

Postado por Agnaldo Vergara
Texto publicado na Internet em junho de 2005


Nestas madrugadas frias, não dá mesmo para caminhar no kocosódromo! Nem aí, no lindo bosque de Nova Odessa.
É que pessoa de idade não deve abusar, porque pode, facilmente, pegar uma “peleumolia”.
Então, o quê fazer tão cedo? Ligar a televisão.
-Você não espana os móveis, de manhã? Perguntaria uma boa dona de casa.
-Sim, sim, mais ou menos. De vez em quando. Tenho até um espanador novo. Mas é coisa chata. Sempre igual. Nada que satisfaça à curiosidade de um espírito exploratório que todo mundo tem.
Televisão ligada, ouço o pastor Jayme Amorim: “Demônio...sai daqui! Abandona essas pessoas boas que oram comigo! Depressão, sai daqui! Abandona essas pessoas boas que oram comigo! Desânimo! Sai daqui! Abandona essas pessoas boas que oram comigo!
Como não me vejo como pessoa boa, mudo de canal. Canal da família.
“Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco! Bendita sois entre as mulheres, bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, mãe de Deus (aí está errado! Maria não é mãe de Deus, mas de Jesus Cristo), rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.
É um mantra. Mantra é bom. Para não pensar em nada, você vai falando e ocupando o tempo sem pensar em nada.
Enquanto o seu intelecto está ocupado em não fazer nada, uma parte outra de você sai a passear.
Visita creches e assiste ali, ao maravilhoso trabalho que as religiões fazem pelos pequenos abandonados e desvalidos. Conseguem a eles um prato de comida que algum restaurante ou instituição caridosa doa. Qual a esperança de cada um deles?
Nenhuma. Nem sequer uma luz no fim do túnel deles surge. “Serás amanhã aquilo que és hoje!” A resignar-se ensinam as religiões. Você é um inferior e vai continuar assim. Não reclame. Aceite e se cale.
Aí essa outra parte de você visita os presídios.
Conversa com todos os detentos. São inocentes todos; nasceram bons, com a graça do Criador e... uma sociedade que os excluía dos direitos a eles devidos... os corrompeu!
Você tem um neném em casa? Ele não é lindo?! Ele movimenta, sem parar os roliços braços e as perninhas. Bota o dedinho do pé, na boca!
E murmura: “Huglh... bughluo... dughhi... bulhughi!... huhlgn....! dughhi!!!
Com certeza, este pequeno neném, puro e inocente, com olhar doce e pronto para amar... está falando a você: ! Eu o amo sorrindo, aninhe-me no calor do seu peito! Quero ouvir as badaladas do seu coração... como o sinos que, em Roma, às seis da manhã... rezam a Ave Maria de Gounod! Quero entrar nessa sintonia!
E assina: “Neném, ao seu dispor... para aquilo que fizer de mim!”
É esse mesmo neném que você encontra, atrás das grades!
Aí, a outra parte de você viaja até o Vaticano. E fica encantado, com tanta RIQUEZA!!!
Tudo é lindo, tudo é grande, tudo é muito caro! Uma Verdadeira ostentação de poder!
Material.
Parece que a igreja gosta do poder.
Aliás, ela abençoava os navios negreiros que deixavam a África, separando a mãe do filho; a esposa do seu homem, o irmão da irmãzinha... a servir aos nobres poderosos.
Não sou eu que falo isso. Todo mundo sabe que havia, sempre, um religioso nos grandes jantares, em casa dos nobres. A controlarem tudo!
O Poder!!
A riqueza! Feita pelo engodo a cada um de nós! Pelas religiões, que mandam você calar a boca, a ser submisso, a continuar muito humilde, sem direito a voto, nesta grande injustiça que as religiões fazem o tempo todo, com você e comigo!
Acho que estou perdendo as “indulgências plenárias” todas!
Acho, também que vou pro Inferno, quando morrer!
Um segredinho a você, leitor querido: fique livre, como eu sou, de todas as influências maléficas das Religiões!!
Elas reprimem, elas escravizam, elas subornam e mentem! Só há uma ligação entre você e Deus.
A sua alma. A sua consciência, Que lhe fala, a cada momento de sua vida... o quê é certo e o quê é errado. È o caminho mais curto para se falar com “Ele”.
E... sabe...”Ele”... não existe sem você!!
Gosto muito do Seicho-No-Iê, onde o ser humano deve procurar a felicidade e a prosperidade, sem culpa, numa batalha limpa, de trabalho.
Gostei muito, também, de ouvir o senador Crivella, da tribuna da Senado a dizer que as religiões oprimem, aprisionam... subornam...!
Leitor querido... o que nos resta, depois de tudo isso?
A fé!!!!!
Em qualquer lugar que você a ponha! No seu trabalho no amar esposa e filhos; no agüentar a sogra!
Nada espere das religiões todas!
A maioria... FEDE!!

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